10/10/10

Afluentes…

Uma noite chegou de uma reportagem, tão mansinha que pensei que algo menos bom tinha acontecido. Não exteriorizou absolutamente nada, não resmungou, nem disse um único palavrão! Hum… cada vez mais estranho! Perguntei se tinha corrido tudo bem e respondeu que sim… sem a “festa” do costume. Enclausurou-se no mini estúdio e foi montar a peça. Quando saiu, tinha um brilhozinho nos olhos. Um brilhozinho diferente, a raiar a emoção. Os olhos da “neófita” Natália mostravam bem que o rio Sado iria ganhar dois afluentes a qualquer instante…A Natália Abreu tinha entrevistado Álvaro Cunhal. E, naturalmente, ficou comovida. Entrevistar a História comove e dá uma preciosa ajuda no processo de crescimento…

Beijinhos, na catedral dos afectos

2 comentários:

  1. Esta era uma estória que pouca gente conhecia. Era um dos nossos segredinhos, mas que a senhora dona Adelaide Coelho decidiu "escarrampachar" aqui para que o mundo inteiro soubesse. Conhecida que é de há muito a minha convicção política este episódio tem particular interesse e graça. Primeiro porque não me queriam deixar fazer a reportagem (eu era maçarica e o entrevistado era O Álvaro Cunhal), depois porque eu achava que aquele jantar de democratas iria ser uma coisa altamente esquerdóide e depois ainda porque vim de lá esmagada pela força, pela presença e pela convicção de um grande monstro (no bom sentido) da política.
    Ah, e ao que parece dei bem conta do recado embora o chefe de redacção não tivesse qualquer confiança em mim! Obrigadinha, Gualter! A minha determinação ganhava pontos sempre que questionavas as minhas capacidades!
    Beijos à madrinha por ter recordado este episódio que, até agora, era privado.

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  2. Vim ao blog a pensar, esta gente está mesmo preguiçosa :)
    Que bonita partilha... Confesso que desconhecia esta história.. Obrigada pela mesma..
    beijinhos Natália e Adelaide Coelho

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